Franciely Chiles

A Corrida de Orientação é um esporte praticado por pessoas dos 8 aos 80 anos. Podendo defini- lo como capacidade de navegar por terras desconhecidas pelos atletas, com o auxílio de um mapa e uma bússola. Na hora da partida, o competidor recebe um mapa no qual está marcado percurso que deve ser realizado no menor espaço de tempo possível. Durante a prova, o orientador deverá encontrar os pontos de controle que são representados no terreno por prismas, os atletas deverão completar em menor tempo possivel a pernada. Esse esporte é separado por categorias conforme idade e experiênca, as categorias podem ser: N- novatos; B- difícil; A- muito dificil e E- elite; a distância vária de categoria para categoria.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Destade esportivo de Cachoeira do Sul

Destade esportivo de Cachoeira do Sul

 
A radio de Cachoeira do Sul entregou no dia 14 de dezembro de 2011 os prêmio para os atletas de todas as modalidade esportiva de Cachoeira.
Cleber Baratto Vidal, foi o destaque esportivo de 2011 na modalidade orientação de Cachoeira do Sul
Foi uma grande alegria de ganhar  este prêmio valorizou o ano que tive em 2011.
Postagem Original: Cleber Baratto

II CIRCUITO DE ORIENTAÇÃO DE PRECISÃO "TODOS DIFERENTES, TODOS IGUAIS

Domingo, 8 de Janeiro de 2012

Publicação Original: Joaquim Margarido- Blog Orientovar


II CIRCUITO DE ORIENTAÇÃO DE PRECISÃO "TODOS DIFERENTES, TODOS IGUAIS": ANA PAULA MARQUES ESTREIA-SE A VENCER




Ana Paula Marques fez o “pleno” e levou de vencida a 3ª etapa do II Circuito de Orientação de Precisão “Todos Diferentes, Todos Iguais”. Foi em Matosinhos, em mais uma grande festa do Desporto Adaptado.


O Parque Basílio Teles e toda a zona envolvente da Câmara Municipal de Matosinhos foram o palco da 3ª Etapa do II Circuito de Orientação de Precisão “Todos Diferentes, Todos Iguais”. Numa tarde fantástica para a prática de actividades desportivas de ar livre, foram nove os atletas que disputaram a prova na Classe Adaptada, aos quais se juntaram três estreantes e que, devidamente acompanhados por monitores, participaram na Classe Aberta.

A prova contou com organização do Grupo Desportivo dos Quatro Caminhos, tendo em Joaquim da Costa o seu Diretor Técnico. Desenhado sobre uma mapa de Armando Rodrigues (Maio 2005), o percurso, com traçado de Fernando Costa, teve uma distância de 600 metros, 10 pontos de controlo (3 dos quais cronometrados) e um tempo limite de execução de 48 minutos.


Actividade de Orientação Adaptada contou com uma centena de participantes

Tendo-se estreado na Orientação de Precisão em Dezembro de 2010, na etapa inaugural do I Circuito de Orientação de Precisão “Todos Diferentes, Todos Iguais” levada a cabo na Escola Secundária de Baião, Ana Paula Marques chega pela primeira vez na sua ainda curta carreira à vitória numa prova. A atleta do Núcleo de Desporto Adaptado do Serviço de Medicina Física e de Reabilitação do Hospital da Prelada concluiu o percurso sem falhas e dentro dos tempos estipulados, arrecadando por isso uma justa e merecida vitória. Diana Coelho (Escola Secundária Baião / Hospital da Prelada) quedou-se pela segunda posição com menos um ponto, fruto duma desatenção imperdoável no ponto 7, caindo numa “ratoeira” onde foram muito poucos aqueles que se deixaram apanhar. Filipe Leite (Hospital da Prelada) não conseguiu repetir a vitória da etapa anterior, em Vila do Conde, concluindo na terceira posição com 8 pontos. Contas feitas no final desta terceira etapa, Diana Coelho comanda o 'ranking' do Circuito com um total de 25 pontos, seguida de Ana Paula Marques com 20 pontos e de Filipe Leite com 17 pontos.

Refira-se que esta etapa do II Circuito de Orientação de Precisão “Todos Diferentes, Todos Iguais” se inseriu nesse evento maior que é o Grande Prémio dos Reis, conjunto de provas de Atletismo para a Deficiência Intelectual e que vai já na sua 19ª edição. Organizado pela ANDDI Portugal – Associação Nacional de Desporto para a Deficiência Intelectual, em colaboração com o Centro Dr. Leonardo Coimbra da Delegação da APPACDM de Matosinhos, o XIX Grande Prémio dos Reis contou com a participação aproximada de cem atletas, em representação do Clube Gaia, APPACDM Matosinhos, CERCIMARCO e CERCIVAR. Paralelamente, numa parceria entre o Grupo Desportivo dos Quatro Caminhos e a ANDDI Portugal, com o apoio da Federação Portuguesa de Orientação, teve lugar mais uma prova do Circuito de Actividade de Orientação Adaptada, a qual contou com a participação dos atletas que tomaram parte no XIX Grande Prémio dos Reis em Atletismo, bem como dos respectivos monitores.


Vem aí a Taça de Portugal de Orientação de Precisão

O II Circuito de Orientação de Precisão “Todos Diferentes, Todos Iguais” prossegue agora no Jardim do Covêlo (Porto), no dia 03 de Março de 2012, com a realização da 4ª etapa. Mas antes disso, a Orientação de Precisão viverá um momento particularmente significativo quando, na tarde do dia 19 de Fevereiro (Domingo Gordo), tiver lugar em Viseu a etapa inaugural da 1ª Taça de Portugal de Orientação de Precisão, numa organização do Clube de Orientação de Estarreja. Tudo para conferir em http://www.gd4caminhos.com/eventos/circuito/






Saudações orientistas.

Nova safra de atletas da natureza começa a se formar



Equipe do Cofron presente na IV etapa de Orientação, em Santa Rosa


No último fim de semana, a cidade de Santa Rosa proporcionou a IV Etapa do Campeonato Gaúcho de Orientação, com o aporte de R$ 10.000,00 da prefeitura daquele município. Para o presidente do Clube de Orientação da Fronteira (Cofron), Dejair Barreto, o apoio por parte da Administração Municipal de Santa Rosa, o remete a uma “visão diferenciada daqueles que infelizmente se contentam com o corriqueiro, com o sem expressão, com a cerveja depois do jogo, mas é claro, com os votos garantidos que daí advém”.

Na oportunidade, o Cofron, com 30 atletas de todas as idades, participou dessa etapa trazendo excelentes resultados a Sant’Ana do Livramento, afirmando o potencial santanense também na modalidade que mais cresce em nível mundial com a participação de alunos do Projeto Cidadania Através do Esporte da Natureza patrocinado pela Eletrobrás – Eletrosul e com o apoio do Centro Elétrico, Simcast, e Fonseca turismo.

Opinião
Ao destacar a modalidade, o presidente do Cofron manifesta: “num município onde o esporte e o lazer são relegados a planos infinitos, algumas vertentes esportivas ainda insistem em buscar potencial em seus munícipes. A Orientação não é diferente e a cada dia surgem novos nomes, fruto de um trabalho constante do Clube de Orientação da Fronteira que através de parcerias e projetos sérios busca oportunizar as pessoas de todas as idades, inicialmente a melhorar sua qualidade de vida, através de uma prática saudável e lúdica, logo em seguida a oportunidade de disputar como atleta um dos campeonatos mais organizados do estado, o Campeonato Gaúcho de Orientação completos hoje 19 anos ininterruptos com 7 etapas anuais, segundo a própria secretaria de esportes do RS, somente uma ou duas modalidades se igualam à orientação em continuidade e organização”. Aqueles que desejarem ser patrocinadores ou colaboradores do Cofron, podem entrar em contato com Dejair pelo telefone 3243-1884 ou 91189320.

Resultados Santanenses na IV etapa do CGO 2011:
Cintia Velasques Trindade Cat D12N 1º Lugar
Natacha Caçapietra Cat D 12 N 4º Lugar
Karoline Morrudo Acosta Cat D 16 N 1º Lugar
Juliana Flores Martins Cat D 18 N 1º Lugar
Daniel Ribeiro Rodrigues Cat H 12 N 1º Lugar
Jonas Maxwell Morrudo Acosta Cat H 14 N 1º Lugar
Ronaldo Medeiros Cat H 16 N 3º Lugar
Aline Torres Azevedo Cat D16B 3º Lugar
Mariana Olhaberriet Silva Cat D 16 B 4º Lugar
Camila Silveira Saravia Cat D14B 2º Lugar
Dejair Barreto Silva – Cat H 50 B 1º Lugar
Edson dos Santos Azevedo – Cat H 35 B 1º Lugar
Luis Darwin de Siqueira Chiles H18E 2º Lugar
Franciely de Siqueira Chiles D20E 1º Lugar


Atletas novos e acompanhados classificadosKimberlly Azevedo Remedi – D N 2
Rodrigo Albuquerque Pereira – H N 1
Kamila Martins Vieira – D N 1
Vinício severo Cardoso – H N1
Saionara dos Santos – D N1
Nathali Borges Carreiro – D N1


Reportagem do sr. Dejair Barreto ao jornal À Platéia

Com sucesso, Fronteira da Paz sedia o Sul Americano

 


Os atletas deram um show de desportividades durante o evento

Sucesso, assim se resume a organização do maior evento desportivo de esportes ligados à natureza, da América do Sul em 2011. Livramento e Rivera foram palco, recentemente, do XIV Campeonato Sul Americano de Orientação, com a participação de 500 atletas vindos de todos os rincões do Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, Portugal e Suécia, que percorreram caminhos traçados em dois países, com provas no Parque Gran Bretanha e provas na região de cerros em torno do Clube Santa Rita.

Os atletas santanenses estiveram envolvidos na organização do evento, sendo desta forma, protagonistas da realização, recepção e estruturação da competição. Peo Olof Bengtson (Suécia) – da Categoria 75 Anos, – Lenna Eliasson (Suécia) 6ª colocada no ranking mundial da IOF- David Andersson (Suécia) 30º colocado no Ranking Mundial da IOF foram alguns dos destaques da competição, que premiou todas as categorias com um total de 36 troféus e 220 medalhas de ouro, prata e bronze.
“Com um custo aproximado aos R$ 40.000, entre premiação, confecção de mapas, alimentação, sonorização, transporte e sem nenhum aporte financeiro de patrocínio ou governamental, as dificuldades se tornam o maior desafio da organização, mas com parcerias conseguimos diminuir esses custos. A Intendência da cidade de Rivera, através do departamento de Esportes, foi de extrema importância para a organização, da mesma forma que o Departamento de Turismo daquela cidade”, destacou o presidente do Cofron, Dejair Barreto. A comissão organizadora agradece pelo apoio recebido da Movilcor, ao 2º R P Mon., Clube Santa Rita, aos proprietários de área, à empresa Centro Elétrico, Associação Rural, ao Corpo de Bombeiros, ao 7º RC Mec e 2ª Bateria Antiaérea, CTG Presilha do Pago, Eletrosul e a todos aqueles que, direta ou indiretamente, ajudam a tocar para frente o esporte que mais cresce no mundo, a Orientação.


Atletas europeus no Sul Americano de Orientação em Livramento

Sant’Ana do Livramento recebe mais uma vez os melhores atletas da América do Sul para o Campeonato Sul Americano de Orientação, previsto para o mês de dezembro.
Mais de 600 atletas são esperados para participarem do maior evento do gênero na América Latina e, novamente, entre eles, estarão concorrendo atletas Europeus, como David Andersson que atualmente ocupa a 30ª colocação do World Ranking. Também foi campeão Mundial Júnior de Ski em 2001 e prata em 2000, ambas no percurso curto, medalha de prata no revezamento do mundial da Ucrânia em 2007, medalha de bronze no revezamento no World Orienteering Championships na França 2011 e Ouro no revezamento do European Orienteering Championships na Estônia
Lena Eliasson foi bronze na prova de Sprint em Savoie, França, e é uma das principais atletas da equipe da Suécia. Compete pelo clube Domnarvets GOIF (Suécia) e, atualmente, ocupa a 6ª colocação no raking da IOF. É uma atleta muito forte nas provas de Sprint e Médio. Além de competir orientação pedestre, Lena ganhou a medalha de prata no Mundial Junior de Orientação Ski, em 2001.


Reportagem de Dejair para o Jornal A Platéia
Reportagem feita pelo senhor Joaquim do Blog Orientovar

LENA ELIASSON E DAVID ANDERSSON: "NÓS, ATLETAS DE ELITE, SOMOS EMBAIXADORES DA ORIENTAÇÃO"




Para quem vive num pequeno país como a Suécia, uma viajem ao Brasil e a visita a essa gigantesca metrópole chamada Rio de Janeiro pode constituir uma enorme aventura. Que o digam Lena Eliasson e David Andersson, atletas de topo da Orientação mundial e estrelas maiores do último Campeonato Sul-Americano de Orientação. Este é o início dum percurso interior, ao encontro duma realidade com as suas próprias especificidades, num exercício de partilha a todos os títulos louvável e que tem na Orientação brasileira um destinatário concreto.


“Evidentemente, interrogávamo-nos como seria possível praticar Orientação numa cidade desmesuradamente grande como é o caso do Rio de Janeiro.” É com estas palavras que Lena Eliasson e David Andersson dão o pontapé de saída numa série de reflexões que devem ser entendidas, acima de tudo, como uma visão construtiva da realidade da Orientação brasileira no momento presente. Com efeito esta interrogação constituiu uma das razões que levaram o casal a rumar ao Brasil, sobretudo pelo interesse em perceber a evolução que o nosso desporto está a ter no mundo inteiro. Lena e David vão, inclusive, mais longe: “Nós, atletas de elite, somos embaixadores da Orientação e é importante tomar conhecimento daquilo que está a acontecer nas múltiplas vertentes da modalidade, até para estarmos preparados para tomar uma posição abalizada sobre uma série de questões que se levantam actualmente, nomeadamente no tocante às alterações propostas pela Federação Internacional de Orientação relativas ao programa dos futuros Campeonatos do Mundo e outras.”

A estadia dos atletas prolongou-se por duas semanas e teve em Ronaldo André Castelo dos Santos de Almeida e na sua esposa, Thaiane Cavalcanti Couto, anfitriões “duma amabilidade e duma hospitalidade inexcedíveis”. Para tentar perceber como é “ser orientista no Brasil” e ver o quão interessante pode ser o quotidiano de outros clubes, Lena Eliasson e David Andersson tiveram de guardar as devidas distâncias relativamente àquilo que é a sua própria realidade. Paralelamente ao contacto que foram tendo com o quotidiano dos brasileiros, os dois atletas tiveram também a possibilidade de conhecer um pouco mais de perto a vida duma unidade naval e dum clube de Orientação brasileiro, o Elite CO.


O grande avanço da Orientação nesta região do globo tem a ver com a excelente qualidade dos mapas

Depois de terem participado nalguns treinos e também no Campeonato Sul-Americano de Orientação, em Santana do Livramento, Lena Eliasson e David Andersson são peremptórios: “O grande avanço da Orientação nesta região do globo tem a ver com a excelente qualidade dos mapas, desenhados de acordo com os princípios a que estamos habituados na Europa. E dizemos isto porque os atletas que usualmente utilizam este tipo de mapas estarão preparados para correr na Europa em competições ao mais alto nível.” E acrescentam: “As normas-padrão (ISOM/ISSOM) são respeitadas escrupulosamente e isto acaba por ser igualmente importante na selecção dos terrenos que podem ou não ser interessantes para a produção de bons mapas.”

Para conseguirem captar a atenção da elite internacional e terem mais atletas europeus nas suas competições, Lena Eliasson e David Andersson consideram ser de primordial importância “que os brasileiros sejam capazes de garantir que os mapas e os terrenos possuam qualidade e que as provas sejam justas.” E concretizam: “Um atleta de topo internacional viaja imenso ao longo do ano e, por conseguinte, é importante que ele sinta que as suas expectativas não sairão defraudadas. Certamente é óptimo enfrentar novos desafios, tomar contacto com terrenos diferentes, mas a velocidade com que se completa uma prova é fundamental. Este facto é particularmente importante para aqueles que se estão a iniciar na modalidade e, com mais áreas “brancas” no mapa, teremos certamente mais gente interessada em conhecer e iniciar-se na modalidade.” Mais ainda, se os brasileiros estão realmente interessados em atrair atletas para competir neste País, devem, no entender dos jovens atletas suecos, “ser capazes de mostrar fotos atrativas e excertos de mapas das áreas onde se desenrolarão as provas, especialmente no caso de atletas mais idosos”. Eis uma excelente dica a pensar já nos Campeonatos do Mundo de Veteranos de Orientação Pedestre WMOC 2014.


Melhor os homens que as mulheres

Outra constatação importante prende-se com as performances dos próprios atletas. Assim, o casal é de opinião que “se os atletas brasileiros (e sul-americanos) pretendem progredir e competir ao melhor nível, precisam de ser capazes de manter um elevado ritmo de corrida durante as provas. Na Europa conseguimos ter competições com uma velocidade média de 5-7 km/h e aquilo que pudemos observar não tem nada a ver com isto, sobretudo na maioria das áreas verdes cartografadas.” Evidentemente, muito do treino de velocidade pode ser feito fora da floresta, mas para se ser capaz de ler um mapa a uma grande velocidade é necessário praticar também Orientação a grande velocidade. Daí que a conclusão que retiram é a de que “no actual estado de coisas, provavelmente apenas na vertente de Sprint os atletas brasileiros conseguem este tipo de desempenho.”

Paralelamente, Lena Eliasson e David Andersson não regateiam elogios aos atletas que puderam observar: “A qualidade dos melhores orientistas brasileiros é realmente boa no tipo de terrenos que pudemos ver aqui no Brasil. E é melhor nos homens que nas mulheres! Se a Elite mundial competisse aqui, os orientistas brasileiros alcançariam provavelmente resultados ainda melhores (top 10, pelo menos).” Mas há um senão: “É difícil conseguir os mesmos resultados na Europa sem uma boa prática e de forma regular. Uma vez mais, o padrão dos mapas e a qualidade dos cartógrafos são aspectos importantes, sendo fundamental estar atento no momento de escolher quais as melhores áreas para cartografar.”


Trabalho de excelência

“Tendo em conta a enorme juventude da Orientação brasileira, é verdadeiramente impressionante ver a excelência do trabalho que está a ser feito.” Esta afirmação de satisfação é complementada com a constatação dum facto: “Durante as competições, vê-se realmente que toda a gente se sente satisfeita por ser orientista e as longas horas de viagem percorridas para que possam estar ali é disso a prova provada!” Reconhecendo que “a Confederação Brasileira de Orientação e também os militares e os clubes se encontram apostados em atrair orientistas europeus para campos de treinos e provas no Brasil”, Lena Eliasson e David Andersson não deixam de vincar que um dos aspectos que devem ser particularmente cuidados prende-se com as informações nas páginas dos eventos e de como chegar, nomeadamente através da proposta de planos de viagem. “Desta forma, as pessoas irão sentir que é mais fácil conseguirem desenhar os seus próprios programas para poderem estar presentes”, concluem.

Se os materiais de base e os procedimentos relativos às partidas e chegadas funcionam na perfeição, já a questão das “informações prévias e a divulgação atempada de listas de partida” parecem ser aspectos a melhorar. Lena Eliasson e David Andersson apreciaram igualmente as excelentes Arenas, mas deixam um reparo relativamente ao facto de existirem pontos de controlo na própria Arena e pessoas a cruzarem-se em todos os sentidos. Na sua opinião, mesmo não sendo este um problema maior, “um dos princípios básicos prende-se com a necessidade de não revelar pontos de controlo ou parte dos trajectos aos atletas antes da sua partida. Isto tem a ver com questões de justiça e, em especial nas provas de Sprint, é bom que haja áreas muito bem definidas para o aquecimento, garantindo que essas mesmas áreas se situam fora do mapa das provas.” E rematam: “É muito bonito termos pontos de controlo nas proximidades das Arenas, podermos assistir à passagem dos atletas a partir do chamado ponto de espectadores, mas esses pontos devem estar nas áreas limite das Arenas e não no seu interior.”


Com um bom mapa é sempre possível de alguma forma dificultar as coisas

Passando a uma análise daquilo que foram as provas do Campeonato Sul-Americano de Orientação 2011 – onde Lena Eliasson fez o pleno de vitórias -, a actual nº 6 do ranking mundial considera ter sido “um bom exercício para mim, um excelente teste às minhas rotinas e uma bela pausa com uma Orientação técnica no meu período de Inverno!” Quanto às primeiras observações, vão para o Sprint. Assim, na montagem duma prova deste género, os dois atletas são de opinião que “deve ter-se em linha de conta a velocidade da prova acima de tudo e não a ideia de andar a esconder os pontos.” Fala quem sabe: “Com um bom mapa é sempre possível de alguma forma dificultar as coisas e o traçador de percursos deve também variar a distância das pernadas e possibilitar pelo menos uma pernada longa (600-700 metros) com boas opções. Para tornar as coisas ainda mais difíceis, pode criar-se um ponto de troca de mapas – isto faz com que o atleta não tenha hipóteses de saber como irá ser a parte final do percurso antes da troca de mapas.” E concluem com a ideia de que “não é necessário que isto seja feito no interior da Arena, pode ser feito em qualquer ponto de controlo ao longo do percurso.”

No caso concreto da prova de Sprint do Campeonato Sul-Americano de Orientação 2011, Lena Eliasson e David Andersson sustentam que “a zona escolhida era excelente para este tipo de provas, mas deveria ter-se evitado marcar pontos de controlo nas zonas “verdes” e procurar pontos com mais opções.” Mas acrescentam que “houve muitos pontos de controlo marcados de forma visível, o que foi óptimo. Como foi óptimo que o mapa estivesse à altura e de acordo com as normas.”


Pernadas longas e 'loops' de dispersão

Também as provas de Distância Média deverão ter, igualmente, pelo menos uma pernada mais longa e com várias opções. Para as duas estrelas do Sul-Americano, “é muito bom que a distância das pernadas possa ir variando ao longo de toda a prova, fazendo com que o atleta não consiga adivinhar o que vem a seguir, uma vez que toda a concentração está colocada na própria pernada e apenas numa de cada vez.” Também é importante fazer com que o tempo do vencedor se situe entre os 35 e os 40 minutos graças a um adequado traçado do percurso: “Se a prova for desenhada numa área de progressão lenta, a distância da prova deverá ser menor. Se tivermos em conta a utilização de “loops” ou de mais do que um ponto de controlo em cada percurso, é bom que isso sirva para dispersar os atletas, mas de tal forma que, no final, todos tenham cumprido os mesmos pontos. Se um atleta segue na companhia de outro, devem ter diferentes “loops” numa ordem diferente, de tal forma que ambos tenham de fazer a sua própria prova durante a maior parte do percurso.” Para os dois atletas, “isto é ainda mais importante tratando-se de provas de Distância Longa”.

No que respeita às provas de Estafeta, o casal sueco reafirma a importância de se “considerar a possibilidade dum percurso mais curto para um dos membros da equipa, no pressuposto de que assim será possível haver mais equipas a alinhar na partida.” E acrescentam: “Talvez isto não faça muito sentido nos escalões D21 ou H21, mas é importante ser levado em conta nos escalões mais jovens ou naqueles com atletas mais idosos.”


A importância de saber falar inglês

Quase a concluir o extenso rol de preciosas impressões, Lena Eliasson e David Andersson reafirmam a ideia de que se sentiram imensamente felizes pelo convite que o Elite CO lhes dirigiu e entenderam esta como uma viagem particularmente interessante e produtiva para ambos. “Esperemos que este interesse se possa repetir no futuro e possamos regressar”, acrescentam. Porém, mais do que isso, o casal deseja “que os responsáveis pela Orientação no Brasil sejam capazes de enviar os seus melhores atletas às grandes provas de cariz internacional que têm lugar na Europa.”

A terminar, ainda uma ideia que encerra, em si mesma, uma dica importante: “Como não falamos português, reconhecemos que a questão da língua é da maior importância e, por isso, deixamos o conselho aos orientistas que viajem até à Europa, no sentido de aprenderem inglês. Se conseguirem comunicar em inglês, terão grandes hipóteses de encontrar clubes que os acolham e assim conseguirão mais facilmente desenvolver as suas aptidões.”

Pode ler o documento original (versão inglesa) em http://orientovar.blogspot.com/2012/01/lena-eliasson-and-david-andersson.html.